"Lavagem*
De água todo o sólido.
De água a pedra.
De água o corpo,
de fuligem e sal.
De nuvem a água,
de chuva e rio e mar.
De água a luz
para matar a sede
e os afogados
ressuscitar
em átomos transmutados
esparsos, evaporados numa manhã
de sol.
De água o caminho
para unir, feito Talassa
e separar
grandezas de caravelas, impérios
fenícios, gregos, lusitanos
no eterno ciclo ondino
do devir.
De água a pobreza
de pedras o leito seco
da mão insana
do homem vil
que apaga a luz
que barra os caminhos
– e mata o rio.
Francisco Araújo Filho
* Poema que obteve a 3ª colocação no Concurso “Caxambu Mais Poético”, realizado em 14 de julho de 2012, pela Associação Caxambu Mais e pela Academia Caxambuense de Letras (Cidade de Caxambu-MG).
De água todo o sólido.
De água a pedra.
De água o corpo,
de fuligem e sal.
De nuvem a água,
de chuva e rio e mar.
De água a luz
para matar a sede
e os afogados
ressuscitar
em átomos transmutados
esparsos, evaporados numa manhã
de sol.
De água o caminho
para unir, feito Talassa
e separar
grandezas de caravelas, impérios
fenícios, gregos, lusitanos
no eterno ciclo ondino
do devir.
De água a pobreza
de pedras o leito seco
da mão insana
do homem vil
que apaga a luz
que barra os caminhos
– e mata o rio.
Francisco Araújo Filho
* Poema que obteve a 3ª colocação no Concurso “Caxambu Mais Poético”, realizado em 14 de julho de 2012, pela Associação Caxambu Mais e pela Academia Caxambuense de Letras (Cidade de Caxambu-MG).